Novembro de 2025 e o salto da IA brasileira

Em novembro de 2025, o Brasil viveu um ponto de inflexão na sua agenda de inteligência artificial, com ações em diferentes esferas que mostraram como o país começava a consolidar uma estratégia nacional para a IA. O Serpro anunciou que havia iniciado o desenvolvimento de um modelo de IA generativa totalmente em português, hospedado em sua própria infraestrutura, o que representou um marco importante para a soberania digital brasileira — a notícia foi divulgada no site do Serpro. (Serpro)

No Legislativo, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados avançou em suas discussões sobre regulamentos para a inteligência artificial. A comissão, criada para debater o Projeto de Lei 2.338/23, concluiu a primeira fase de suas atividades em setembro, com a realização de 12 audiências públicas que reuniram representantes da sociedade civil, da academia e do setor privado, conforme reportado pelo portal da Câmara. (Portal da Câmara dos Deputados) Essa etapa permitiu a construção de uma base técnica sólida para os debates futuros, e a comissão planejava realizar seminários regionais para ampliar o diálogo sobre IA em todo o país. (Portal da Câmara dos Deputados)

Paralelamente, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), teve sua versão final publicada em junho de 2025. (Serviços e Informações do Brasil) O plano previa investimentos de até R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos, destinados a cinco eixos estratégicos: infraestrutura, formação de talentos, melhoria de serviços públicos, inovação empresarial e governança. (Serviços e Informações do Brasil) Um dos pontos mais simbólicos desse plano era a criação de um supercomputador nacional de alta performance e de modelos de linguagem em português que refletissem a diversidade cultural e linguística do país. (Serviços e Informações do Brasil)

Esses três movimentos — o projeto do Serpro, os debates legislativos e a consolidação do PBIA — mostraram que, ao final de 2025, o Brasil não via a IA apenas como ferramenta tecnológica, mas como elemento estratégico para seu desenvolvimento institucional, econômico e social. A articulação entre soberania digital, regulação e investimento nacional sinalizou uma ambição clara: tornar o país protagonista na corrida global da inteligência artificial, com foco em inovação segura, inclusiva e alinhada aos interesses brasileiros.

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