Cães-guia representam uma enorme ajuda para pessoas com perda da visão, lhes permitindo alcançar independência com segurança. Mas o processo de treinamento desses animais é caro e demorado. Nos Estados Unidos, a organização sem fins lucrativos Guiding Eyes for the Blind diz que o treinamento pode levar até dois anos e custar até 50 mil dólares, e ainda assim, apenas metade dos animais termina em condições de ser um guia para pessoas cegas.
Os treinadores sabem há muito tempo que o ambiente têm papel fundamental no resultado do treinamento, mas ainda não há uma forma eficiente de mensurar quais aspectos da criação e do treinamento dos filhotes contribui para seu sucesso. Entretanto, o jogo começou a virar quando a Guiding Eyes for the Blind iniciou um trabalho conjunto com a Universidade Estadual de San Jose, usando computação cognitiva para descobrir os fatores que contribuem para o sucesso do processo. A organização já coleta há anos informações detalhadas sobre seus programas, mas nunca teve a capacitação para analisar os dados. A universidade então carregou na nuvem 500 mil registros médicos e genéticos, e mais de 65 mil registros temperamentais, disponibilizando anos de dados estruturados e não-estruturados para análise. Os pesquisadores usaram tecnologia cognitiva avançada para avaliar as principais características dos animais e dos sistemas de treinamento de forma a estabelecer os melhores protocolos. Em uma amostra de 105 animais, foi possível prever com precisão de 100% quais completariam o treinamento em condições de serem cães-guia. A solução aproveita um corpo de conhecimento que cresce constantemente, permitindo que atualize seu próprio entendimento das relações entre genética, saúde, ambiente, personalidade e abordagem de treinamento.
Mas essa foi só a primeira etapa. Agora, uma nova parceria envolvendo a Universidade Estadual da Carolina do Norte e a IBM desenvolveu um colar para os animais, que coleta e transmite informações biométricas e ambientais relacionadas a estresse – um dos maiores fatores que impactam o resultado do treinamento -, as quais estão sendo analisadas pela solução em nuvem da IBM, Watson AI. O objetivo é analisar as respostas emocionais dos filhotes em situações reais que eles podem enfrentar na função de cães-guia. O colar transmite as informações por bluetooth para um aplicativo no smartphone da pessoa responsável, a partir da onde os dados são enviados para a IBM. Comparando as informações coletadas por centenas de colares, a inteligência artificial pode estabelecer associações complexas para prever a probabilidade do sucesso do treinamento. A expectativa é que as novas informações permitam um aumento de 10% nas taxas de graduação dos cães, chegando a 59%, além de proporcionar uma redução de custos pela melhoria da eficiência do programa.
A utilização de inteligência artificial pretende transformar o processo de treinamento de cães-guia em uma ciência mais exata, fundamentada mais em dados e menos na intuição dos treinadores. Esse trabalho demonstra a variabilidade dos campos em que as soluções de IA podem ser aplicadas.
Olá professor,
quais especializações propriamente ditas você fez em R e Python? Tem alguma dica de trilha a seguir?
Olá Daniel! Sobre Python e R tem os cursos completos sobre machine learning. Veja abaixo:
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Ola, fiz a inscrição informando nome e email, qual procedimento deve ser feito agora para ter acesso?
Olá Daniel! Você se refere a assinatura, certo? Nesse caso é só entrar com seu login e senha e vai aparecer um menu no topo do site com o conteúdo 🙂