Viajar de avião tem se tornado cada vez mais acessível, só que isso infelizmente implica em aeroportos cada vez mais tumultuado. Mesmo obras de expansão e infraestrutura acabam sendo soluções paliativas. Na época das festas de final de ano, o movimento pode crescer até 25%. Com isso, aumentam as filas e os riscos de perder voos, além do estresse associado a estar em um local conturbado.
Nos Estados Unidos, alguns aeroportos têm recorrido à inteligência artificial para amenizar esse problema. Os aeroportos de Pittsburgh e Manchester-Boston estão entre os pioneiros a adotar essa solução. Como o escrutínio de segurança nos aeroportos americanos é muito rigoroso, o maior tempo de fila acaba sendo nos checkpoints da agência responsável pela vistoria dos passageiros e bagagens de mão. A própria administração dos aeroportos encontra dificuldade em melhorar a experiência nesses checkpoints necessários. Sendo assim, esses dois aeroportos estão usando serviços fornecidos pela empresa Zensors, uma startup iniciada na Universidade Carnegie Mellon, também sediada em Pittsburgh, para habilitar o fornecimento de estimativas em tempo real da espera nessas filas. Os passageiros podem acessar essas informações nos sites dos aeroportos antes de saírem de casa, o que permite administrar melhor o tempo necessário para não se atrasarem e gerarem estresse desnecessário.
A empresa, entretanto, não se limita a utilizar inteligência artificial para fornecer estimativas de fila nos checkpoints de segurança. Eles também se especializaram em providenciar estatísticas de estacionamento em tempo real, o que permite, por exemplo, guiar o motorista curva a curva até uma vaga disponível. É possível ainda monitorar as filas para táxi ou vans, otimizando a prestação do serviço necessário. As empresas áreas também podem monitorar as filas para emitir bilhetes, fazer check-in e despachar bagagens, alocando funcionários para manter o atendimento o mais fluido possível. Os espaços VIP também podem ser monitorados em função da atividade e ocupação de suas áreas, permitindo aos responsáveis melhorar seu design e função. A proposta é fornecer essas informações com a mínima necessidade de instalação de novo hardware, aproveitando as câmeras já instaladas para processamento de dados por métodos de visão computacional.
Aeroportos acabam servindo de vitrine para a utilização da inteligência artificial a serviço de proporcionar espaços inteligentes, reativos e mais eficientes, e experiências mais agradáveis.