Curitiba testa IA que auxilia a observar distanciamento social

A pandemia do novo coronavírus nos impôs novas rotinas, especialmente quando estamos em locais compartilhados. De uma forma geral, todo mundo já se habituou a respeitar o distanciamento social que ajuda a frear a proliferação do vírus, mas em locais muito movimentados, involuntariamente acabamos afrouxando nossos cuidados. Neste quesito, a inteligência artificial pode nos ajudar a manter alta a qualidade de nossas medidas preventivas. Algoritmos de visão computacional são capazes de analisar vídeos, localizar as pessoas e estimar a distância entre elas, emitindo lembretes quando aglomerações se tornarem muito intensas.

Em Curitiba, a administração pública está testando um aplicativo chamado Distância2, desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com este exato intento, após o sucesso reportado acerca de seu uso em outras cidades na América do Sul. Em parceria com a URBS, empresa responsável pelo transporte público na cidade, o sistema está atualmente analisando os vídeos que já são produzidos rotineiramente nos terminais de ônibus. A inteligência artificial é configurada para reconhecer quando o percentual de pessoas próximas entre si ultrapassa um limite, produzindo um alerta geral para que as pessoas no ambiente possam se adequar se for o caso.

O algoritmo não usa nenhuma informação individual, sendo responsável somente por reconhecer a presença de pessoas e estimar a distância interpessoal. Além de gerar alertas em tempo real, o sistema vai “anotar” os vídeos, mostrando onde as pessoas foram localizadas e por consequência quais foram consideradas pela política de alertas, o que aumenta sua transparência. Por fim, o sistema é configurado para registrar as informações coletadas, que poderão ser utilizadas na geração de indicadores e na adoção de políticas públicas ainda mais eficientes.

Depois dessa fase inicial de avaliação, o uso da inteligência artificial deve ser expandida para outras áreas públicas onde aglomerações são comuns, podendo aproveitar o circuito fechado de vídeo que faz parte do sistema de monitoramento da cidade, sem a necessidade de investimento adicional na captura das imagens.

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