A inteligência artificial tem sido uma participante relevante nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Graças à empresa Omega Timing, a tecnologia está ajudando a trazer informações inéditas sobre a performance dos jogadores durante partidas de vôlei de praia.
A empresa está empregando seu sistema proprietário de monitoramento de posição e movimento para coletar e processar os dados das partidas em tempo real. Para produzir informações de alta qualidade, o sistema usa sensores modernos e câmeras múltiplas que filmam a 250 frames por segundo – para comparação, as transmissões de televisão tradicionais ocorrem a 30 fps. A ideia é que o feed de vídeo seja analisado por um algoritmo para reconhecer os tipos de batidas ou de passes, e o caminho da bola. A informação gerada é então combinada com dado fornecidos por giroscópios presentes nas roupas dos atletas, que reconhecem seus movimentos, e a altura e a velocidade dos pulos. Esta análise fornece informações que podem ser apresentadas instantaneamente para os espectadores, e que num segundo momento certamente terão utilidade também aos atletas e seus treinadores.
De acordo com os idealizadores, o desenvolvimento do sistema teve como grande desafio identificar a posição da bola quando sua visão estava obstruída, como por exemplo por um atleta que aparece na sua frente. Já que é essencial saber onde a bola está de forma ininterrupta para determinar o que está acontecendo durante a partida, o algoritmo aprendeu a estimar sua posição nestas situações. Assim, todas as predições produzidas pela inteligência artificial atingiram uma acurácia de 99%.
O grande teste do sistema está sendo em Tóquio, e a empresa espera que o sucesso da tecnologia permita seu emprego no futuro em todas as modalidades esportivas onde ela seja relevante.
