IA avalia performance dos ginastas nas Olimpíadas de Tóquio

O trabalho dos juízes que avaliam a performance de ginastas exige um alto nível de atenção, pois eles precisam levar em consideração movimentos sutis para compor a pontuação. Não fosse apenas essa complexidade, o esforço que os juízes empregam na avaliação pode deixá-los exauridos mentalmente, o que tem o potencial de prejudicar as avaliações após os primeiros atletas.

Para ajudar a manter as pontuações justas, a empresa japonesa Fujitsu está trazendo – pela primeira vez – inteligência artificial aos Jogos Olímpicos de Tóquio. O sistema analisa dados coletados por sensores 3D durante a performance dos atletas, produzindo instantaneamente detalhes minuciosos sobre a execução. Estas informações são então comparadas com padrões estabelecidos pela Federação Internacional de Ginástica para produzir uma pontuação.

Image Credit: Fujitsu
O sistema de inteligência artificial em funcionamento. Créditos: Fujitsu.

O sistema não tem por objetivo remover os juízes do processo, mas trazer informações mais precisas que os ajudem a reduzir o impacto de sua avaliação subjetiva, a qual pode ser prejudicada tanto pelo cansaço quanto por favoritismos inconscientes.

No atual nível de desenvolvimento, a inteligência artificial ainda não está apta a analisar movimentos inéditos, por exemplo, – que tendem a conceder pontuação alta se bem executados – mas os desenvolvedores acreditam que o potencial de fornecer avaliações menos enviesadas deve ser reconhecido pelos atletas conforme eles sintam o impacto da introdução da tecnologia.

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