IA triplica o número de crateras identificadas na Lua

As crateras da Lua são marcas de sua história, pois foram causadas pela colisão de objetos celestes durante sua longa existência. Cientistas costumam identificar as crateras através da análise minuciosa de fotos produzidas por telescópios, depois anotando sua localização e características em um mapa do globo lunar. Entretanto, este processo é lento e bastante subjetivo, já que as crateras variam em tamanho, formato e idade.

Isto até a publicação de um trabalho discriminando o desenvolvimento de uma inteligência artificial capaz de realizar esta tarefa. Os cientistas da China, da Itália e da Islândia treinaram uma rede neural com dados de milhares de crateras identificadas anteriormente. Depois, eles passaram ao sistema imagens obtidas pelas sondas chinesas Chang’e-1 e Chang’e-2, que orbitam a Lua. O resultado de identificação não só foi satisfatório, como surpreendeu os pesquisadores: eles encontraram um número de crateras muito mais do que o identificado anteriormente. Foram mais de 109 mil novas adições ao mapa lunar, que já contava com cerca de 5 mil exemplares.

A maioria das novas formações tinha entre 1 e 100 km de diâmetro, enquanto que a inspeção humana estava limitada a pelo menos 20 km. Ou seja, além da alta precisão, o sistema mostrou ter uma resolução ainda maior que o método tradicional, adicionando informação inédita à base de conhecimento sobre nosso satélite natural.

Os cientistas agora planejam analisar fotos capturadas pela sonda Chang’e-5, que chegou a pousar na Lua e trouxe amostras de volta para a Terra.

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