Pesquisa revela situação atual do mercado de trabalho de dados no Brasil

A DataHackers, maior comunidade de dados do Brasil, tem se empenhado em, anualmente, produzir um relatório sobre o estado do mercado de trabalho para a área dentro do país. Este ano a pesquisa ficou ainda mais profissional, contando com o auxílio da consultoria Bain & Company, tanto que o trabalho ganhou o nome State of Data, e seu próprio site. O resultado foi publicado há poucos dias, e traz um panorama completo desta área que tem ganhado cada vez mais destaque entre empresas e profissionais.

Ao todo, foram mais de 2500 participantes do Brasil inteiro, que responderam a um questionário extenso no período de outubro a dezembro do ano passado. As questões abordaram temas como perfil demográfico, formação, atuação no setor, remuneração, rotatividade e satisfação, além de incluir fatores relacionados ao trabalho remoto, que ganhou enorme relevância em função da pandemia do novo coronavírus. Os respondentes incluíram cientistas, analistas e engenheiros de dados, nos níveis júnior, pleno, sênior e de gestão.

Alguns resultados da pesquisa não surpreendem, mas outros apresentam novidades. Os profissionais que trabalham com dados costumam ter alto nível de instrução formal, sendo que metade é pós-graduada. Mesmo no nível júnior, 27% estão nesse estrato de educação. A área de tecnologia da informação ainda é a principal origem dos profissionais, contabilizando 62%, sendo especialmente relevante nos níveis sênior e de gestão. O grau de satisfação com o emprego atual é de 74%, mas ainda assim, 40% desses estão abertos a novas oportunidades, e 23% continuam procurando novas colocações. A remuneração média aumentou cerca de 40% nos últimos dois anos, sendo um dos principais fatores que influenciam na satisfação com a empresa. No nível júnior, a maioria dos respondentes recebe entre R$ 2 mil e R$ 4 mil; no nível pleno, entre R$ 6 mil e R$ 8 mil; como sênior, entre R$ 8 mil e R$ 12 mil; e na gestão, mais que R$ 16 mil por mês.

Os homens ainda são maioria em todos os níveis, com discrepância maior em cargos sênior e de gestão. Nestas colocações, as mulheres ainda ganham menos que eles. Em questão de idade, os cargos júnior e pleno têm maioria na faixa de 21 a 30 anos; nos níveis mais elevados, a maioria está entre 31 e 40. A região sudeste ainda representa o local de origem da maioria dos profissionais em todos os níveis, seguido da região sul. As empresas mais admiradas são, nesta ordem, a Nubank, o Google, o Itaú, a Amazon, a IBM, a Microsoft e a Magalu.

Com relação ao regime de trabalho, 59% respondeu preferir o modelo híbrido com dias flexíveis, e 31% prefere trabalhar exclusivamente de forma remota. Se a empresa retornar ao formato presencial, 66% pretendem procurar outra colocação.

O relatório também confirma que os profissionais de dados continuam em alta demanda, dada a grande variedade de perfis de formação, alta rotatividade, e exigências relacionadas ao regime de trabalho e remuneração.

Para consultar o relatório completo, visite o site da pesquisa.

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